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OPINIÃO: Mídias Sociais vão acabar com a TV aberta?


Quando comecei a estudar e trabalhar com marketing, há 35 anos, a forma de comunicação mais eficaz era a TV, depois vinha o rádio, o jornal, o outdoor, a venda pessoal, as atividades de relações públicas, as promoções de venda e o merchandising, cujas verbas de comunicação deveriam ser distribuídas de forma a obter o máximo resultado. O maior sonho dos marqueteiros era poder trabalhar com públicos- -alvos definidos e nichos de mercados muito claros. Era impossível. Na época, falava-se no marketing "one to one" ou micro marketing, onde poderíamos produzir um produto para cada consumidor, com características únicas e ao gosto de cada consumidor.

Hoje, tudo isso é possível, já há montadoras de carros que fazem o carro da cor que o cliente quer e com os opcionais desejados e acabamento sonhado. E a comunicação mudou muito: as mídias sociais estão ocupando o lugar da TV, cuja função principal era levar entretenimento ou informação aos telespectadores. O entretenimento pode ser buscado na Netflix, no YouTube, no Facebook ou no Instagram, e outras plataformas já existentes, até via TV, que virou uma smart TV. A qualquer hora, é possível fazer a própria programação. A informação pode ser buscada nos blogs de notícias ou nos jornais, que, além da versão impressa, têm versão online em tempo real, que pode ser consultada a qualquer momento, no aparelho de mão, enquanto as TV e os jornais têm horas definidas e programações são esperadas.

Tudo isso leva, no smartphone, a uma interação entre veículo e público muito mais dinâmica e ágil, podendo selecionar os públicos a serem atingidos. Só não podemos deixar de lembrar que isso é comunicação digital e não marketing digital, como alguns aproveitadores gostam de dizer. Sem falar no WhatsApp e no Messenger, que permitem uma comunicação instantânea e de qualidade. As empresas estão cada vez mais utilizando o Facebook, para as pessoas mais maduras, e Instagram, para os mais jovens. Hoje, conseguimos mandar uma mensagem ou uma promoção para as pessoas que moram numa distancia de até "X" Km, ou numa determinada cidade, com a faixa etária que mais se adequa ao nosso produto com um custo muito menor que as propagandas tradicionais.

Claro que ainda usaremos TV, outdoor, jornal, rádio, mas sempre com o apoio das mídias sociais e junto às atividades de relações públicas e promoções de venda, distribuindo de maneira mais racional as verbas de comunicação. O mundo está mudando muito depressa e temos que aproveitar o momento para sair na frente. Porque os primeiros serão sempre os primeiros.

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